sexta-feira, 17 de junho de 2016

A História se repete

ELE :
- Nasceu em uma família humilde,com muitos irmãos
- Chegou a passar fome em determinada época da vida
- Perdeu parte de sua anatomia no exercício de seu ofício
- Sempre gostou de beber
- Colaborou na fundação de um partido político dito trabalhista, cujo símbolo é um elemento da antiga cosmologia, representado na maior parte das vezes em uma bandeira de fundo vermelho
- Angariou apoio de "intelectuais" e "artistas" para legitimar suas idéias
- Ingressou na política por sugestão de amigos, elegendo-se com a plataforma da defesa dos direitos dos trabalhadores
- Atraiu para si uma legião de seguidores fanáticos e acéfalos, liderados por pessoas de interesses criminosos
- Sempre utilizou discursos vibrantes, com palavras fortes e expressões peculiares
- Vestiu-se com o manto de "Salvador da Pátria" e "inimigo das elites"
- Chegou ao Poder com a promessa de acabar com a corrupção, melhorar a condição socioeconômica do cidadão e estimular o crescimento do país
- Foi elogiado por muitos governantes estrangeiros no início de seu governo. Foi capa das principais revistas nacionais e estrangeiras na época
- Como líder da Nação, cercou-se de luxo e mordomias, promovendo festas em palacetes e adquirindo incontáveis bens materiais. Enquanto isso, a maioria do povo não tinha o que comer ou onde morar
- Distribuiu cargos importantes, com altos salários, a todos os partidários mais chegados
- Aliou-se a ditadores que compartilhavam seu projeto de (des)governo
- Atribuiu o completo fracasso de suas medidas econômicas e sociais à ação de "sabotadores" e "inimigos do povo"
- Decidiu que a violência ( invasões, tumultos, agressões físicas, depredações) é justificável , desde que cometida por seus simpatizantes e em nome da "Democracia"
- Teve a ilusão de que se manteria por muitos anos no Poder, submetendo o país aos seus desmandos, roubos e idéias delirantes


Tá pensando que é o Lula, não é ? Mas se trata desse cidadão aqui:

   É, ELES TÊM MUITO MAIS EM COMUM DO QUE SE PENSA.....

 

sábado, 11 de junho de 2016

O repouso do Campeão II


    Algumas pessoas estranharam minha homenagem a Muhammad Ali, criticando minha postura de enaltecer os feitos do falecido (mas eterno) campeão e condenar as palhaçadas de Anderson Silva: "Ahhh, os dois faziam graça durante a luta, provocavam os adversários e você só critica o "Spider".... "Ahhh,você é antipatriótico, fica puxando saco de americano, etc,etc..." Para acabar de vez com essas alegações infantis e tentar incutir um pouco de raciocínio nessas mentes tão pouco desenvolvidas,segue uma lista de motivos:

1 -  Ali foi um homem de princípios, que defendia a igualdade racial e social ,a liberdade religiosa e a paz entre as nações.  Anderson Silva é um babaca que não defende coisa alguma, nem mesmo o investimento do Estado no incentivo às atividades esportivas para jovens de qualquer renda.


2 - As provocações de Ali eram respostas aos desafios e declarações que os adversários faziam nas entrevistas coletivas que antecediam as lutas - nas quais era chamado de traidor do país, negro alienado, anticristão e até "mensageiro do ódio através do boxe".  Já Anderson Silva faz gracinhas do nada,apenas com o intuito de se promover.


3 - Ali fazia declarações ousadas ( "Eu sou o maior de todos !", "Sou o melhor boxeador que já existiu, existe e ainda vai existir !" , "Eu já era o melhor antes mesmo de saber que era !" ) diante das câmeras quando se referia ao boxe. Sua postura mudava nos discursos contra as injustiças - quando agia com seriedade e firmeza - e no contato com os fãs e pessoas em geral, quando se mostrava gentil e acessível.  Silva é arrogante e egocêntrico o tempo inteiro, chegando a culpar os fãs pelas reações negativas que recebeu pela derrota vergonhosa nas mãos de Chris Weidman.


4 - Ali foi original.  Antes dele, apenas Jack Johnson e Joe Louis ameaçavam fazer alguns gracejos no ringue.  Na época, seu comportamento agradou a muitos fãs porque era revolucionário e condizia com a postura de contestador.  Ali,no entanto, pagou um preço alto por seus "erros de cálculo":  especialistas estimam que,durante a carreira como boxeador, recebeu aproximadamente 1 milhão (!)  de golpes só na cabeça.  Resultado: Diagnóstico de Doença de Parkinson aos 40 anos de idade.


5 - Ali foi um gigante entre os gigantes.  Foi 3 vezes campeão mundial numa época em que a "forja de campeões" estava à toda, produzindo grandes nomes como Joe Frazier, George Foreman, Sonny Liston, Ken Norton, Larry Holmes e Floyd Patterson.  Ser o melhor entre os melhores é uma coisa, enfrentar lutadores medíocres para manter títulos é outra.


6- Ali tinha a mesma firmeza tanto na vitória quanto na derrota.  Se ganhava ou se perdia, se batia ou apanhava, chamava sempre para si a responsabilidade. Alguns biógrafos atribuem a ele o seguinte pensamento: " O Boxe é como um debate,em que você é obrigado a atacar e se defender. Se sua argumentação é sólida e sua paciência é suficiente para aguentar o que vem em sua direção para contra-atacar de maneira correta,você vence. Se não,você perde. Simples assim."


7- Ali nunca dependeu da Mídia para se promover, pelo contrário: Boa parte da Imprensa na época era hostil a ele, taxando-o de "anti-americano", "irresponsável" e até "comunista".  A Imprensa brasileira não se cansa de louvar as glórias e atributos dos lutadores ( e jogadores de futebosta) brazucas,elevando-os à categoria de semideuses. A mesma Imprensa,aliás, que após derrotas desastrosas - e previsíveis - solta artigos atribuindo o acontecido à "sorte do adversário" ou reconhecendo,afinal, que o "ídolo" (ou time) é uma bela de uma porcaria.


8- Ali nunca aderiu a "modismos":  Nunca usou cortes de cabelo ridículos, nunca desfilou com roupas e adereços feitos para imbecis, nunca gastou dinheiro com ostentações, nunca arranjou casos amorosos escandalosos (ao contrário dos esportistas negros atuais,que se dizem adeptos do anti-racismo mas só arrumam amantes brancas,louras e de reputação bastante duvidosa) , recusou as idéias imperialistas dos EUA e principalmente, sempre soube se portar de maneira galante e gentil com as mulheres sem jamais perder a masculinidade no modo de ser e agir.  Resumindo,Ali foi um farol em meio à escuridão da mediocridade e da falsidade.

                CAMPEÃO, VOCÊ JÁ ESTÁ FAZENDO MUITA FALTA NESSE MUNDO !

domingo, 5 de junho de 2016

Parasitas da Cultura ( parte 2)

Um governo mergulhado em escândalos, corrupção e crises. Uma presidente arrogante, ignorante e incompetente. Partidos governistas totalmente envolvidos em propinas, negociatas e expoliação do dinheiro público. Um país desacreditado e motivo de chacota perante o restante do mundo. Segurança, Educação e Saúde públicas completamente destroçadas. Quase 12 milhões de cidadãos desempregados. Cento e setenta bilhões de reais em dívidas públicas. Quem está a par da situação atual sabe que,pelas razões acima (e outras mais) a condição do Brasil atingiu o nível 'DESESPERADORA'. Mesmo assim, existem figuras - os ditos "artistas" e "intelectuais" - que,fazendo uso da mídia,ainda insistem em defender a quadrilha lulodilmopetista. O que os leva à essa atitude aparentemente ilógica, incompreensível e irresponsável ? Assista ao vídeo abaixo e descubra:
 
 
Governo ilegítimo” ? Ilegítimo como, se os mesmos votos elegeram Dilma Rousseff e Michel Temer para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, respectivamente ? “Qualquer tentativa de negociação com o Palácio do Planalto é uma forma de legitimar o golpe !” “Golpe” legal esse,não ? Além de permitir amplo direito de defesa à presidANTA e sua corja,ainda garante mordomias – transporte áereo, criadagem, moradia, alimentação – até a conclusão do processo,que ainda vai durar meses. E os parasit...,digo,ativistas ainda batem pezinho e dizem que não negociam de jeito algum,pois o governo provisório é “ilegítimo” ! Legítimas e necessárias, segundo a lógica desses sujeitos,são as ocupações dos espaços públicos , “lugares da luta política”. E nós aqui pensando que espaços públicos são,como o próprio nome diz, lugares abertos à livre circulação e usufruto do povo e não trincheiras de baderneiros terroristas ! Que ingenuidade a nossa !!

 Vade retro, satanás !
Na tentativa de empurrar os argumentos idiotas vale tudo,até botar viado falando,muito sugestivamente,em “violentação” (rape) à democracia ( Essa bichona representa a democracia ? Em caso afirmativo,a petralhada pode ficar sossegada, ninguém em juízo perfeito teria conjunção carnal com essa abominação) . E convenhamos, o termo violentação tem outros significados além de estupro ( RAPE) . A produção do vídeo é tão vagabunda que só achou essa tradução para enfiar (epa !) na legenda ? Ou será que se referem ao que o PT fez ao Brasil e à esperança do povo nos últimos treze anos ?
A ladainha continua,dessa vez com a afirmação de que o governo provisório quer “desestabilizar o país” ( Peraí,já não estava mais do que desestabilizado ? ) e que “assumiu de forma arbitrária,causando um desmonte de setores essenciais do Estado brasileiro,como : Cultura, Direitos Humanos, mulheres, igualdade racial , povos indígenas, desenvolvimento agrário, Previdência, Ciência e Tecnologia”. Desmonte como, se incentivo à Cultura para os pseudosocialistas da quadrilha vermelha significa farta distribuição de dinheiro público para alguns grupinhos restritos de cantores, atores e diretores; Direitos Humanos não existem para as pessoas de bem,apenas para criminosos ; Mulheres não dispõe de Políticas de Saúde que lhes garanta informação sobre maternidade responsável, contracepção, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis , reposição estrogênica após a menopausa e muito menos assistência médica especializada nos casos de violência sexual ; Igualdade racial é um conceito falacioso , tendencioso e vazio,pois a cor que conta é a do DINHEIRO e ele circula livremente pelas contas bancárias e carteiras independentemente da cor da derme do dono; Povos Indígenas nunca foram tratados como cidadãos brasileiros (no máximo como bichos que precisam de um canto só deles para que possam se reproduzir e tocar chocalho) e durante o governo petista viram suas terras serem invadidas impunemente por vagabundos do MST, madeireiros, garimpeiros e barões do agronegócio; o Desenvolvimento Agrário se deu da forma mais cruel possível,com subprodução e falência do pequeno e médio agricultor por falta de crédito e aumento das taxas de juros ( paradoxalmente,os grandes produtores receberam investimentos pesados e crédito quase ilimitado pelo BNDES) ; a Previdência Social do Brasil é considerada a pior do mundo, condenando impiedosamente quem contribuiu para ela durante toda a vida laborativa a morrer na miséria extrema; Ciência e Tecnologia são palavrinhas bonitas para o PT mas as Universidades Federais, antigos Centros de Excelência na educação, produção e pesquisa, estão FALIDAS e DESPRESTIGIADAS ( não se formam mais pesquisadores de renome e os que existem migraram para instituições particulares ou deixaram o país) ? O PT mergulha o país na merda e reclama que o cheiro está ruim....
A comédia pastelão continua: “A extinção do Ministério da Cultura significa e simboliza não só a perda dos direitos dos trabalhadores da cultura – conquistados numa longa história de lutas e desafios – mas também a perda dos direitos de cidadania do povo brasileiro,garantidos na Constituição de 88 .” Perda dos direitos dos trabalhadores da cultura como,se a Secretaria de Cultura seria parte vital e indissolúvel do Ministério da Educação (que voltaria a ser denominado Ministério da Educação E Cultura) e o regimento interno seria respeitado ? A chiadeira se dá pela possibilidade de uma auditoria e consequente demissão de vagabundos/ extinção das farras administrativas ? E mesmo se houvesse uma total modificação do mecanismo de gestão da cultura,por que razão teríamos “perda de direitos de cidadão”? Que direitos,especificamente ? Como? Onde ? A não ser que o governo provisório faça como os talibãs e os radicais do Estado Islâmico e passe a dinamitar monumentos, queimar livros, executar dissidentes.... O que, convenhamos, tem mais a cara do PT e das ditaduras populistas de Venezuela, Bolívia e Cuba.
Segue a chorumela: “ E além das perdas material e imaterial da cultura brasileira, essa arbitrariedade representa um retrocesso histórico diante de um legado deixado por agentes culturais individuais e coletivos em seus diferentes campos de criação.” - Perdas material e imaterial da cultura brasileira ? Os palhaços acham MESMO que haverá destruição de algum item de produção intelectual ?! O resto da frase é uma imbecilidade sem contexto algum,nem adianta comentar. Prossigamos: “No entanto,não se trata apenas de garantir a sobrevivência de um setor. As ocupações das sedes do MinC no Brasil são,sobretudo, pelo fim do governo ilegítimo de Michel Temer. Não aceitamos negociar com os coronéis do século 21. Nesse momento,o verdadeiro governo tá aqui,do lado de fora,nas ruas. Nas ocupações. Nós não abrimos mão do Estado Democrático de Direito no Brasil. Conclamamos toda a Sociedade à resistência.” Depois de muito blá-blá-blá sem sentido algum,de muita poluição visual e de argumentos que não valem nem um punhado de merda,os “artistas” chegam onde queriam: Conclamar a “sociedade” a se revoltar contra o bicho-papão Temer,esse ditador golpista,inimigo das artes, monstro de crueldade ! (Creio que se pusessem a 'Marselhesa' como fundo musical ao invés de trechos de 'Carmina Burana' ficaria mais lírico e com maior apelo cívico,afinal o verso “Ferozes soldados vêm degolar suas mulheres e crianças” mostraria o que vai acontecer às nossas famílias no governo do presidente em exercício. Já “ Às armas,cidadãos/Formem seus batalhões/Marchemos,marchemos” representa o que o Partido Terrorista considera legítimo fazer quando suas bandidagens vêm à tona).


O vídeo termina de forma patética (adjetivo que cai bem para todas as figuras que dele participam),com a figura deplorável de Marieta Severo declarando “A luta pela democracia não tem data para terminar !” Sim,deplorável. Deplorável porque representa a decadência completa da “classe artística” brasileira,que tem nessa figura um de seus “expoentes”. Se um expoente age dessa forma,se sujando de maneira tão abjeta e defendendo um governo podre e nocivo,podemos deduzir que há muito em jogo além do dinheirão que sustenta essa cambada de sanguessugas: também há tráfico de influências, indicações espúrias a cargos comissionados e principalmente, manutenção do status. O movimento desse grupo de canalhas mercenários fede a LIXO. Quando a AMORALIDADE ( que no caso da “Dona Nenê” salta aos olhos) se encontra com a OLIGOFRENIA, o OPORTUNISMO e a completa FALTA DE TALENTO, o resultado não poderia ser outro.

sábado, 4 de junho de 2016

O repouso do Campeão



        MUHAMMAD ALI
* 17-01-1942                 + 04-06-2016


       Descanse em paz,mestre.



 

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Parasitas da Cultura


 
O sr. Caetano Veloso, o auto-proclamado compositor supremo do universo e detentor de conhecimentos sobre todas as áreas do conhecimento terrestre ( e quiçá do extraterrestre), soltou um artigo intitulado "Sem Festa" na edição de 15/05/2016 do jornal 'O Globo', no qual desfia sua habitual chorumela,desta vez sobre a "extinção" do Ministério da Cultura e consequentemente,da rarefação das mamatas que parasitas travestidos de artistas - grupo do qual faz parte - conseguem através de mecanismos danosos e manipuláveis rotineiros entre os "amigos do regime",entre eles a famigerada Lei Rouanet.
O artigo até que começa bem, louvando o enxugamento da máquina administrativa - o que,na verdade,não se verificou até agora - e o esperado fim da distribuição política de cargos. Não demora muito e logo se inicia o rosário de argumentos furados e tendenciosos: Caetano diz que a economia conseguida com a aglutinação dos Ministérios da Cultura e da Educação seria "pífia" e que as "conquistas" conseguidas com a criação do MinC - recebimento de direitos pela exibição em streaming, pagamento de royalties pelas criações audiovisuais, manutenção de Centros de Cultura - seriam perdidas. Cita até preservação do Patrimônio Histórico Nacional como pauta de primeiríssima linha do ministério, certamente ignorando que milhares de obras do período Barroco foram levianamente surrupiadas com o beneplácito do governo federal e que dezenas de repositórios de cultura nacional - museus, bibliotecas, igrejas, praças e monumentos - se deterioram vergonhosamente a olhos vistos,ano após ano. Caetano também deveria saber que,na prática, nenhum cantor ou compositor é verdadeiramente dono dos registros audiovisuais de sua carreira,ficando subordinado à vontade das gravadoras. Dinheiro mesmo (e aqui falo de dinheiro HONESTO e sem conchavos),só com os dividendos de shows, peças e apresentações teatrais,nunca com a venda de CDs,DVDs e afins. Nem com a apresentação em streaming. Afirma ainda que o Ministério da Cultura "sempre deu valor à produção cultural" do país e que somente os "maluquinhos habituais" propagam o já comprovadíssimo fato de que muitos artistas brasileiros famosos parasitam as verbas generosas liberadas por mecanismos de isenção fiscal e de patrocínios camaradas conseguidos na base do "companheirismo" junto às estatais.
Isso não é novidade para você, caro(a) internauta: já publicamos artigos do excelente blog Spotniks tratando desse assunto aqui e aqui. Caetano tenta justificar o injustificável,atribuindo as acusações (todas VERDADEIRAS) feitas aos coleguinhas mercenários à inveja (?) que os não-pertencentes à guilda artística sentem quando obras atingem "multidões ou íntimas sensibilidades". Argumento imbecil,vazio,egocêntrico e megalomaníaco, tudo o que se espera de 'Caê'.
A máscara cai de vez quando proclama que o PT é "o mais estruturado e duradouro partido de esquerda do mundo contemporâneo" e que os artistas que sentem $impatia pelo "histórico do partido" não são dependentes do governo. Afirma categoricamente que não é dependente do governo,tem opiniões próprias e exibe as contradições que encontra em suas buscas; no entanto,repete ipsis litteris toda a cantilena regurgitada pelos demais "artistas" que manifestam apoio de$intere$$ado pelo governo lulodilmista. Típico de você, Caetano. Mas por favor,tire uma dúvida: Esse artigo foi realmente escrito por você ou é mais um produto da Paula Lavigne ? Não que o conteúdo seja incompatível com sua (a)moralidade, longe disso. É que nunca antes na história desse país se leu ou ouviu algo atribuído a você que fizesse qualquer sentido ou exprimisse uma idéia usando frases diretas com o mínimo de rigor gramatical.
SEM EDUCAÇÃO NÃO HÁ CULTURA. O que os terroristas PeTralhas realmente tentam enfiar na cabeça do populacho é que 'educação' é matemática, português,história,geografia,etc. 'Cultura' é música (seja lá o que se entenda como tal), dança, teatro. Educação é chata, é ficar sentado aprendendo a fazer contas, decorando nomes de países e capitais, conjugando verbos e conhecendo fatos históricos. Cultura é legal,é só diversão,é funk, "sertanejo", rap, "axé - xulé". É muita bunda de fora,mulheres com peitos de plástico e pernas de cavalos de corrida,patetas esgoelando com voz fininha e calças apertadas. É palavrão na TV e no cinema, erros gramaticais imperdoáveis, programas idiotizantes, figuras grotescas alçadas à condição de astros,filmes e peças cretinos estrelados por atores idem, viadagem e sapatagem explícitas - estas últimas com incentivo entusiasmado dos "donos" e diretores dos programas. Cultura,aqui no Brasil, se tornou sinônimo de tudo o que a mente humana pode inventar de pernicioso e nauseante. Dissociar a educação da cultura, seja pela criação de um ministério "exclusivo" que chupe os recursos públicos com apetite de buraco negro, seja patrocinando a lavagem cerebral que os formadores de opinião fazem nas pessoas de classes mais baixas,é um erro gravíssimo. Talvez o verdadeiro medo dos "artistas" seja o de que,com o necessário incremento da EDUCAÇÃO no Brasil, a população adquira senso crítico e conhecimentos suficientes para perceber que a tão decantada CULTURA brasileira apodreceu e já vem fedendo há muito,muito tempo.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

As quatro mentiras mais contadas pelos petistas sobre o governo Lula



    Muito antes dos grampos da Operação Lava Jato exporem parte daquilo que o ex-presidente Lula realmente diz em privado sobre outros políticos e instituições, outros surtos de sinceridade já ajudaram a compreender o ex-presidente muito além dos discursos e palanques. Em um destes momentos, reunido com blogueiros pró-governo, em abril de 2014, Lula explica com certa clareza, como mentir e inventar estatísticas sobre os governos aos quais se opunha era parte natural do seu trabalho enquanto oposição. Sobre o próprio governo, porém, um olhar mais atento mostra que, se não chegou a mentir, Lula não teve em momento algum receio de contar meias-verdades ou apropriar-se de feitos não necessariamente seus.
    Muito além de criar números inexistentes, como a alegação de que durante seu mandato 36 milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza (número contestado pelo próprio Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, ligado ao Palácio do Planalto, que alega terem sido 8,4 milhões), o ex-presidente viu as estatísticas de seu governo variarem ao sabor do vento, tudo de acordo com os caprichos dos discursos políticos.
    A prática não é exclusividade do governo de Lula. Em 2014, a FAO, organização da ONU para a agricultura, mudou sua metodologia para medir a fome, e como num passe de mágica, as pessoas que passam fome no Brasil caíram de 7% para 1,4%. Pela primeira vez na história, o Brasil saiu do “mapa da fome”.  A FAO é comandada atualmente por José Graziano, ex-ministro de Lula e responsável por criar o “Fome Zero”.
Em outro caso, envolvendo apenas organizações tupiniquins, o IBGE alterou a metodologia do PIB, tornando a recessão de 2014 um ‘crescimento zero’, evitando, ao menos por enquanto, que o Brasil tenha pela primeira vez na história 3 anos de crescimento negativo. Por fim, no mais conhecido dos casos, o mesmo IPEA determinou que brasileiros com renda per capita de R$ 291 pertenceriam à classe média.
    Mas manipular números não é o bastante. Aqui, separamos as 4 mentiras mais contadas sobre o governo Lula.

1. Nenhum país do mundo fez o que o Brasil fez na área econômica e social.

Lula foto Gabriela Bilo Estadao Conteudo

    O bom desempenho da economia brasileira ao longo da primeira década dos anos 2000 é ainda hoje a conquista mais comemorada por qualquer um que busque exaltar o governo Lula. Não à toa, os bons números da economia representam a pedra angular que explica o crescimento de programas do governo voltados para a área social. Graças a um aumento recorde de arrecadação (que mais do que dobrou entre 2002 e 2010), o governo pode estar presente no cotidiano de dezenas de milhões de pessoas.
A conjuntura onde este crescimento se deu, porém, foi daqueles fatos raros, poucas vezes presenciados na história brasileira. Para ser mais exato, apenas em 1902, no grande ciclo internacional da borracha, tivemos um país saído de ajustes internos no exato momento em que a principal especialidade brasileira (as commodities, em especial as agrícolas), começaram a subir de preço. Para o Goldman Sachs, o aumento médio das commodities durante o período foi de 723%.
    Vender o mesmo produto por quase 7 vezes mais foi uma das causas desta riqueza em abundância.
Entre 2002 e 2010, cerca de US$ 252 bilhões em superávits comerciais entraram na economia brasileira, inundando o país de riqueza.
O comércio, claro, não explica todo sucesso brasileiro no período. Atualmente, a economia brasileira é a mais fechada dentre todas as 20 maiores economias do mundo, demonstrando que apesar de termos crescido, poderíamos ter feito mais. Boa parte da sensação de crescimento existente no país esteve assentada no aumento do crédito, que subiu de 23% para 46% do PIB, como consequência da primeira estabilidade da moeda brasileira desde… 1902.
Se compararmos a outros países, porém, o sucesso brasileiro não foi tão expressivo. Crescemos mais do que nós mesmos, é verdade, mas ainda assim, fomos o penúltimo colocado no continente, à frente apenas do México.
Segundo o FMI, em 2002, o PIB brasileiro equivalia a 3,2% do PIB mundial, já em 2010, esta participação era de 3,18%. Em 2015 este número está em 2,84%, demonstrando que crescemos significativamente menos que o restante do mundo, de modo que não apenas outros países “fizeram o que o Brasil fez”, como fizeram ainda mais.
    No campo social não é diferente. Segundo o IPEA, a pobreza no Brasil caiu significativamente, mas o começo desta queda não foi exatamente a eleição do ex-presidente Lula. Para o IPEA, o começo da queda da pobreza no Brasil foi a criação do Plano Real e o fim da inflação. Em 1992, haviam 19,1 milhões de pessoas extremamente pobres no Brasil, contra 14,9 milhões em 2002 e 6,5 milhões em 2012. Para o instituto, além do fim da inflação, o aumento do nível de emprego foi outro fator preponderante para a queda. Programas sociais representam apenas 15% desta queda, contra mais de 2/3 de aumento da renda do trabalho.
    Os números brasileiros são positivos, mas nada que se distancie do restante dos países. Entre 1990 e 2015, a pobreza caiu 50% no mundo, e mais de 60% nos países emergentes. Os países responsáveis por puxar a queda são justamente alguns dos mais populosos. Para o Banco Mundial, 2035 representará o ano histórico em que a extrema pobreza (pessoas com renda menor do que 1 dólar por dia), será extinta, ainda que Lula não seja presidente do mundo.

2. O Brasil pagou a dívida externa.

Lula-Lenny

    Assistindo dez calotes na dívida entre 1898 e 1990 (o último), não é de se estranhar que o brasileiro associe dívida externa à fragilidade e problemas. Para boa parte do mundo, no entanto, dívida é uma forma de alavancar investimentos. Ao realizar a aquisição da cerverja SAB Miller, os brasileiros donos da AMBEV, liderados por Jorge Paulo Lemann, recorreram a um empréstimo de US$ 47 bilhões, pagando juros de 4,25%. O número é expressivo, a segunda maior captação de dívida já realizada por uma empresa no mundo, significando um valor maior do que a atual dívida externa brasileira a um custo mais baixo.
Como o exemplo da AB Inbev, a empresa controladora da Ambev, deixa claro, dívida pode vir a ser uma solução, para aqueles que possuam boas qualificações para tomar crédito, e utilizem os recursos de forma eficiente. Ao atrair o grau de investimento em 2008, a economia brasileira viu um boom de endividamento por parte das empresas. Para companhias como a Globo, a companhia aérea Gol ou o frigorífico JBS, a oportunidade de captar dinheiro no exterior fez com que financiar as suas operações se tornasse extremamente mais barato.
Para o governo, porém, aumentar o endividamento não pareceu uma boa ideia. Entre 2002 e 2010 o governo brasileiro procedeu no sentido contrário, vendendo títulos da dívida interna, aquela paga em reais, com juros que hoje giram em torno de 14,25%, para pagar a dívida externa, cujos juros ficam em torno de 4%. Para o governo, realizar esta operação significou “menos turbulências”, uma vez que a dívida externa não está sujeita à variação do dólar. O efeito político, porém, foi notório.
Composta por inúmeros credores, a dívida externa brasileira foi por muito tempo associada a um único deles: o FMI. A razão para isso é clara. Como não possui bom histórico de crédito, apenas uma entidade se dispôs por um bom tempo a emprestar quantias consideráveis ao Brasil – o próprio FMI. Isto ocorre porque a entidade é financiada por outros governos, e empresta com o intuito de influenciar a adoção de políticas comuns aos países como exigência aos empréstimos.
    O ato político de Palocci, então Ministro da Fazenda, representou o pagamento da dívida relativa apenas ao FMI, de US$ 15 bilhões, com recursos oriundos da criação de uma dívida ainda mais cara, a interna. Para a população em geral, o que contou foi livrar-se do “grande credor”. Em nenhum momento do seu anúncio, porém, Palocci mencionou ter conseguido os recursos por meio de outras dívidas.
Atualmente, a dívida externa pública gira em torno de 10% da dívida externa total, e meros 5% da dívida do governo. O endividamento total do governo por sua vez, está em R$ 3,6 trilhões, implicando em juros superiores a R$ 600 bilhões anuais.
    Com reservas internacionais de US$ 374 bilhões, o governo tornou-se o que se chama de “credor líquido’ – ou seja, possui mais caixa do que dívida. O chamado ‘custo de carregamento’ das reservas – o custo de pagar a dívida que garantiu os recursos para comprar estes US$ 374 bilhões – é estimado em R$ 120 bilhões mensais. Imagine que você tenha pago o crédito consignado com o cartão de crédito e ainda faça propaganda de que “livrou-se das dívidas”. Com o governo, a situação não mudou muito.

3. O Brasil se tornou auto-suficiente na produção de Petróleo.

Lula-Petrobras

    O boom do petróleo, cujo preço do barril saltou incríveis 1.200% ao longo da década de 2000, fez explodir ao redor do mundo regimes financiados pelos ‘petrodólares’. Do Oriente Médio à America Latina, governos enriquecidos com o dinheiro do petróleo fizeram as mais absurdas aquisições, como uma Copa do Mundo no Qatar ou a força aérea mais moderna do continente, detida pela Venezuela.
Para o Brasil, que chegou a ter uma das 10 maiores empresas do mundo, o efeito foi também expressivo, apesar da Petrobras não representar na economia brasileira o que representa o petróleo nestes outros países (por aqui, a cadeia de prestadores de serviços da Petrobras esta em 20% do PIB).
    Em torno desta festa de dólares, não é de se estranhar que tenham nascido inúmeros mitos. Poucos deles, no entanto, chegam perto do que foi o anúncio da “auto-suficiência”. Para uma população acostumada a acreditar que comércio exterior é algo que ‘não é para o Brasil’, a ideia de que dependemos menos do resto do mundo cai como uma luva.
Só há um problema com esta ideia: ela é falsa, do início ao fim.
Entre 1953 e 1997, produzir petróleo no Brasil era uma exclusividade da Petrobras. O monopólio do petróleo, criado por Getúlio Vargas, garantiu que nenhuma empresa nacional ou estrangeira pudesse investir para produzir por aqui. Como consequência de um país não acostumado a poupar, nossa produção interna mal supria metade das necessidades.
    A consequência do aumento do preço do barril e da permissão para investimento privado não poderia ter consequências diferentes. Entre 1997 e 2010, a produção de petróleo no Brasil saltou de 741 mil para 2,271 milhões (estamos estagnados desde então). Por volta de 2005, em termos puramente numéricos, a produção e o consumo se igualaram, motivo que levou o governo a comemorar a ‘auto-suficiência’.
Do ponto de vista técnico ou econômico, consumo e produção nunca se encontraram por aqui. O Brasil ainda hoje continua produzindo óleo pesado e importando óleo leve, uma vez que nossas refinarias foram construídas em uma época na qual importar óleo leve do Oriente Médio era muito mais barato e eficiente do que produzir o óleo pesado existente por aqui.
O déficit na ‘conta petróleo’ atingiu US$ 20,3 bilhões em 2013, e US$ 5,6 bilhões em 2015. Na prática, continuamos importando mais do que exportando.

4. O Brasil foi o último a entrar e o primeiro a sair da crise.

1037995
  
  Muito mais do que o próprio sucesso, o aparente fracasso da economia americana foi a pá de cal que era preciso para sedimentar a idéia de que “enfim, vencemos”. Nós estamos certos, pois continuamos crescendo, enquanto os países ricos afundam em suas crises. Em um misto de anti-americanismo e um revanchismo barato, o Brasil viveu uma onda de ufanismo das mais curiosas.
Uma análise da crise de 2008, a crise do ‘subprime’, no mercado imobiliário americano que se alastrou pelo mundo, mostra que há pouco ou nenhum paralelo com a maior parte das crises já enfrentadas pelo Brasil. Trata-se da maior crise do capitalismo desde 1929, e desta vez, nossa economia não sofreu um abalo tão grande. Em 1930 e 1931, o Brasil registrou pela primeira vez uma queda de 2 anos seguidos no seu PIB – e isto porque a crise de 1929 fez desabar os preços do café, nossa commoditie na época. Desta vez, porém, a crise não impactou nos preços de mercadorias comumente vendidas pelo Brasil, uma vez que o grande consumidor, a China, continuava a crescer.
     A crise de 2008 foi especificamente uma crise originada pelo sofisticado sistema financeiro internacional, um clube no qual o Brasil, até o mesmo ano de 2008, não estava autorizado a participar. Sem o grau de investimento, nossa participação junto ao sistema financeiro internacional era pouca ou quase nula. Nenhum banco brasileiro comprou em escala significativa os CDO (obrigações de crédito colateralizada, traduzida por aqui como “derivativos”). Nenhum banco brasileiro quebrou ou sofreu grandes prejuízos com a crise.
Para algumas empresas, porém, a situação foi um pouco diferente. Perdigão e Aracruz tiveram prejuízos bilionários com os derivativos e tiveram de ser vendidas para dar origem a outras empresas. Nada muito relevante.
    Nossa pouca participação no epicentro da crise, de fato nos garantiu ser um dos últimos a entrar. O motivo de termos “saído” em 2010 é a causa mal explicada na história. Em 2008, demos início à chamada “política dos campeões nacionais”. Cerca de R$ 450 bilhões foram injetados no BNDES para financiar grandes obras, e o governo se tornou um personagem mais presente na economia. O crédito por parte de bancos públicos chegou a 52% do total. E se tudo isso lhe parece conhecido, é porque provavelmente você já deve ter visto estas medidas em uma análise do que é a “Nova Matriz Econômica”. A aposta no crédito para induzir o crescimento na economia nasceu justamente como resposta “anti-cíclica” à crise. Saímos da crise utilizando capacidade ociosa para gerar consumo e um aparente clima de crescimento.
O PIB de 2010, porém, que chegou a 7,2% de crescimento, não tardou a diminuir. Entre 2011 e 2014, registramos dia após dia uma queda no nível de crescimento, até chegar a zero em 2014, e então os -3,8% de 2015. Em suma, nós saímos da crise americana criando a nossa própria crise.

Salários pagos pela TV Brasil explicam o petismo feroz de alguns jornalistas




O colunista Reinaldo Azevedo, da revista Veja, afirma que "a TV Brasil na forma em que existe é uma das invenções mais caras da era petista. Dá traço de audiência, mas paga salário de gente grande". Após expor os salários de alguns defensores do petismo, Azevedo conclui que essas pessoas "têm simplesmente de ser demitidas a bem do serviço público. O nome disso é aparelhamento do estado".

Leia abaixo o texto completo:

A TV Brasil na forma em que existe é uma das invenções mais caras da era petista. Dá traço de audiência, mas paga salário de gente grande. Não é por acaso que custa R$ 1 bilhão por ano. Num país quebrado.
Aderbal Freire Filho, que acha que o impeachment é golpe, tem um programa sobre teatro chamado “A Arte do Artista”. Para dar pinta lá uma vez por semana, recebe R$ 81 mil mensais. Teria contrato até o fim do ano.
Aderbal é casado com Marieta Severo, aquela que cantou as glórias do PT no “Domingão do Faustão”, ex-mulher de Chico Buarque, que exalta os feitos da legenda em toda parte.
Outro que não passa apertado é Luis Nassif, com um programa também semanal chamado “Brasilianas.org”. Embora ninguém veja a defesa que ele faz do governo — não na TV ao menos —, tem um contrato anual de R$ 761 mil — mais de R$ 63 mil por mês. Ou R$ 15.750 por programa!
Nassif até tenta fingir diversidade com alguns temas de interesse geral. Quando envereda para a política e para a economia, é mero porta-voz do governo petista. Lúcia Mendonça, diretora do seu programa, tem um contrato de R$ 289 mil/ano.
Paulo Markun também fez um bom acordo para um programa semanal: R$ 585 mil anuais. Em favor de Markun — e não tenho nenhum problema em dizer isto —, observo que mantém ao menos uma pauta plural em “Palavras Cruzadas”.
Não é o caso de Paulo Moreira Leite, também com uma, por assim dizer, atração por semana chamada “Espaço Público”. Tem um contrato anual de R$ 279 mil. Só entrevista esquerdistas e governistas — na maioria das vezes, petistas. Vejam.
E Emir Sader, o grande intelectual de um país chamado “Emirados Sáderes”, que desenvolveu até uma gramática própria? Para fazer alguns pequenos comentários — em que fala bem do PT e das esquerdas do Brasil e do mundo e mal de todos os seus adversários, recebe R$ 227 mil por ano. Tereza Cruvinel, que hoje só dá alguns pitacos políticos, mantém um contrato anual de 182 mil.
Exceção feita a Aderbal — não entendi ainda por quê —, todos os outros contratos estão suspensos para ser renegociados.
A questão particular
Não sei exatamente o que o novo comando da TV Brasil entende por “renegociação”. Não entro no mérito das convicções políticas de um Paulo Markun, por exemplo, porque não sou policial de consciências. Havendo uma TV Pública, ele tem trajetória, estofo e biografia para fazer um programa plural. Se o novo valor que lhe vai ser proposto é ou não aceitável, isso é com ele.
Nunca vi o seu programa, mas ele é um entrevistador competente. A pauta de “Palavras Cruzadas” evidencia não se tratar de mero prosélito do petismo.
Nos outros casos, lamento, basta uma pesquisa rápida para a gente perceber que não se trata de jornalismo, mas de militância política. E feita com o nosso dinheiro. O “jornalismo” que essas pessoas fazem, inclusive fora da TV Brasil, não as habilita a estar numa TV Pública — a menos que esta sirva de cabide de emprego e de remuneração por serviços prestados fora dali.
Elas têm simplesmente de ser demitidas a bem do serviço público. O nome disso é aparelhamento do estado.

A questão geral
Eu não seria eu se não dissesse o que penso, certo? Sou contra a existência de uma TV que consome R$ 1 bilhão por ano para ninguém ver. Deveria ser simplesmente fechada. Mas sou realista: acho difícil que aconteça.
Que Laerte Rimoli, novo presidente da EBC, à qual se subordina a TV Brasil, chame especialistas da área para estudar e implementar um modelo de TV pública que não assalte os cofres e não sirva de cabide emprego — de petistas ou pessoas de quaisquer outras legendas.
Reitero: eu não acho que a TV Brasil deva deixar de ser a emissora do PT para ser a emissora do PMDB. Como ente público, tem de ser a emissora que respeite os valores da Constituição. E o bom mesmo é não haver uma TV Brasil. Se ninguém vê, pra quê?

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Como a UNE usa o seu dinheiro para defender o governo do PT



     No papel, uma entidade privada em defesa dos estudantes. Na prática, uma organização que defende os interesses do governo, ainda que contrários aos seus princípios – e recebe dinheiro público para isso.
Historicamente, a União Nacional dos Estudantes, que você provavelmente conhece como UNE, ocupou um papel de oposição a todos os governos brasileiros. Ou melhor, quase todos. Tudo mudou quando o ex-presidente Lula chegou ao Planalto, em 2003.
De lá pra cá, a entidade passou a receber verdadeiras montanhas de dinheiro público que pouco ou quase nunca é fiscalizado. Em troca, sai sempre em defesa do governo.
No início do ano, por exemplo, a UNE mobilizou-se em defesa do governo Dilma, apesar do corte anunciado de R$ 9 bilhões no orçamento da Educação. Em suas pautas, a organização diz ser contra o corte. Mas pouco se entusiasmou em fazer oposição ao ajuste. Preferiu continuar investindo em favor do partido que governa o país e da Petrobras.
Sim, da Petrobras. A defesa da estatal é uma pauta antiga da entidade. Em 2009, durante seu Congresso anual, a UNE saiu em defesa dela. O evento, no entanto, foi bancado com recursos da própria estatal, que doou R$ 100 mil para sua organização, e em março, repetiu a dose, dessa vez falando também em nome da democracia e do governo.
Não foi por acaso: só a Petrobras já destinou R$ 750 mil para a UNE ao longo dos últimos anos. As manifestações, que eclodiram num momento em que a estatal passa por uma enorme crise financeira, foram uma forma de dizer “obrigado” pelo apoio no passado.
    Mas, afinal, quanto a UNE recebeu do governo nos últimos anos?
Fomos atrás dos dados para responder essa pergunta. As informações foram recolhidas no portal de transparência da Petrobras, nos patrocínios do BNDES e nos Convênios do Portal da Transparência.
No total, desde 2006, a UNE já recebeu R$ 55,9 milhões da administração pública, entre doações de estatais, transferências diretas e patrocínios de ministérios. Dinheiro que saiu do seu bolso.
Lula foi o campeão em doações: ao deixar o Planalto, a gestão do ex-presidente havia contribuído com incríveis 97,4% de todo o dinheiro público que chegou até os cofres da UNE. Dilma continuou com os repasses, mas em ritmo um pouco mais lento: foram repassados “somente” R$ 14 milhões durante seu governo.



São cifras impressionantes, ainda mais levando-se em conta que a organização possui suas próprias formas de levantar fundos – como a venda de carteirinhas (monopolizada no país) e a cobrança de entrada em seus eventos.
O que, então, a UNE faz com todo esse dinheiro? Boa pergunta, ninguém sabe.

 

Para que esse dinheiro é usado?

14072011AC1695a


O dinheiro que chega até a UNE tem diversos destinos, nem sempre voltados para a educação.
Dos R$ 55,9 milhões que a entidade recebeu nos últimos anos, a maior parte – R$ 44,6 milhões – veio do Ministério da Justiça, em duas ocasiões: R$ 30 milhões em 2010 e mais 14,6 milhões em 2013.
O dinheiro foi transferido para a entidade sob a alegação de ser uma indenização pelo incêndio de sua sede na Praia do Flamengo, ocorrido logo após o golpe de 1964. O valor repassado correspondia a 6 vezes o valor de mercado do terreno e tinha como destino a construção de uma nova sede, no lugar da sede histórica destruída pelos militares.
As obras, no entanto, demoraram para sair do papel e só começaram em 2012. Um ano depois, mais um repasse – dessa vez de R$ 14 milhões para acelerar a construção do prédio. Mas a UNE não quis gastar esse dinheiro: viu uma grande oportunidade de negócio sem colocar a mão no bolso.
O terreno, que está em nome da UNE desde 2007, fica numa região privilegiada do Rio de Janeiro, a poucos metros do metrô e de frente para a praia. É um lugar excepcional, do interesse de diversos investidores interessados em explorá-lo comercialmente por valores bem altos. E aqui, a UNE não pensou duas vezes. O capitalismo falou mais alto.
A entidade fez uma parceria com uma investidora, que prometeu bancar a obra para a organização, desde que ela cedesse algumas salas para exploração comercial. Negócio fechado.
A Torre do Flamengo, como será chamado o edifício, custará agora R$ 65 milhões, mas ninguém sabe ao certo quanto disso será bancado pelos 44 milhões de reais que a UNE possui em caixa. Acredita-se, até mesmo, que a organização não precisará colocar um centavo na obra.
O jornal O Estado de São Paulo, que revelou essas informações em maio, procurou contato com a UNE para entender como a organização está aplicando esses milhões que recebeu do governo, mas não obteve retorno. A resposta também não foi encontrada em seu site oficial, que carece de dados sobre prestações de contas.
Apesar de movimentar literalmente milhões de reais de dinheiro público, a UNE não oferece nenhuma transparência sobre seus gastos. Alguns links antigos sobre prestações de conta que existiam no site, encontram-se quebrados.
A WTorre, construtora contratada pela UNE para a obra, também levanta suspeitas: tem como clientes diversas estatais e ligações estranhas com o ex-ministro Antônio Palocci. Desde maio, a empreiteira está sendo investigada pela força-tarefa da Operação Lava Jato, por suspeitas de que tenha intermediado um esquema que desviou pelo menos R$ 2 milhões, sob o comando de Palocci.

Por que a UNE esconde seus gastos?

 

une
Carina Vitral, presidente da UNE, e Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.


    Seu histórico pode explicar um pouco do que motiva esse mistério sobre suas contas.
Dos diversos projetos culturais da UNE que receberam repasse direto do Fundo Nacional da Cultura, boa parte está há anos parado na situação “aguardando prestação de contas”.
Em 2012, após diversos calotes no governo, a UNE foi marcada como inadimplente no Cadin. A ação motivou o Tribunal de Contas da União a investigar os gastos da organização, quando foi descoberto uma série de irregularidades.
    O TCU descobriu, por exemplo, que alguns gastos eram comprovados com notas frias: a UNE estava, na verdade, utilizando o dinheiro repassado pelo Ministério da Cultura para comprar cerveja, cachaça e whisky e outras bebidas alcoólicas. O dinheiro também foi gasto na compra de celulares, ventiladores, velas e até búzios.
Contas de energia e a impressão do jornal da UNE também teriam sido custeados pelo dinheiro, que deveria ter sido gasto exclusivamente para projetos culturais previamente selecionados.
Os problemas, contudo, não param nos gastos. Eles começam na origem: os repasses.
Em 2008, a UNE recebeu um repasse de R$ 250 mil do Ministério do Esporte para a realização de sua 6ª Bienal. Na época, a pasta era comandada por Orlando Silva, militante do PCdoB e ex-presidente da UNE.
Além de repassar o dinheiro, o Ministério não fez nenhum pedido de prestação de contas à UNE. Uma solicitação desses documentos só foi feito após o TCU encaminhar um pedido à pasta. O TCU descobriu então que o prazo legal para a prestação de contas, na verdade, já tinha expirado, mas o Ministério não havia feito nenhuma notificação quanto a isso. Em bom português: não estava dando a menor bola para a forma que o dinheiro havia sido gasto.
Além do dinheiro repassado pelo Ministério do Esporte, as contas de um repasses do Ministério da Ciência e de outros 4 repasses do Ministérios da Cultura foram declaradas como irregulares pelo TCU e uma Tomada de Contas Especiais foi instaurada sob um repasse de R$ 2,8 milhões feito pelo Ministério da Saúde à UNE.

uploads-1440085863234-une+wtorre+e+palocci

    Todos esses problemas levaram a Controladoria Geral da União a impedir a UNE de firmar novos convênios ou receber repasses da administração pública até que a situação seja regularizada – algo que, se depender da UNE, deve se arrastar por vários anos.
Agora, resta saber por quanto tempo a organização ainda manterá sua linha governista sem as verbas públicas que nos últimos 9 anos compuseram alguns milhões consideráveis do seu orçamento.
    O que fica bem claro nisso tudo é que, se para a UNE a educação não é mercadoria, o apoio político é. E custa caro – para o seu bolso.