(RODRIGO DA SILVA e FELIPPE HERMES- BLOG SPOTNIKS)
Eles defendem o governo federal na televisão, nas redes sociais, em palanques e propagandas oficiais. Trazem a arte e parte da opinião pública para o coração da urna eletrônica; potencializam através de suas posições o discurso oficial: são os artistas tupiniquins que apoiam Dilma Rousseff publicamente.
Na última
eleição, eles chegaram a assinar um manifesto em defesa da
candidatura da presidente Dilma. O texto, que pode ser acessado nessa página, contou
com o apoio de figuras ilustres – rostos que identificamos com
facilidade na televisão, vozes que reconhecemos sem pestanejar na
música. Embora movimentem e formem a opinião de incontáveis
seguidores, parte dessas figuras, no entanto, está longe de
desempenhar um papel isento em relação ao governo
federal: estrelam campanhas publicitárias do governo, recebem
apoios culturais, fazem parte da própria administração federal.
Embora, evidentemente, nada disso seja ilegal.
1) Camila Pitanga
Camila Pitanga
é uma estrela da televisão brasileira. Mais do que isso – é uma
das nossas artistas mais engajadas quando o assunto em questão é
política. Diretora do Movimento
Humanos Direitos – grupo que
conta com a participação de artistas como Wagner Moura, Letícia
Sabatella, Osmar Prado e Vanessa Giácomo – Camila é
envolvida diretamente com a política ao menos desde os 15 anos,
quando se
filiou ao Partidos
dos Trabalhadores. No ano passado, repetindo o que fez nas últimas
eleições, lançou apoio público ao PT na disputa à
presidência.
Mais do que
estrela de novela, nos últimos anos Camila se tornou também uma
estrela da propaganda brasileira – mais especificamente da Caixa
Econômica Federal. Entre 2012 e 2013, a atriz foi figura carimbada
nos comerciais do banco. Durante o período em que esteve à frente
das peças publicitárias da instituição, a Caixa Econômica
Federal ultrapassou a Ambev e se tornou o 3º
maior anunciante
do mercado brasileiro, com um crescimento
de 58% do valor aplicado em
mídia durante o período – um
gasto de R$
676,5 milhões. Seguindo seus
passos, a Nova/SB, agência responsável pela campanha, teve um
crescimento
expressivo de 108% no período. O
cachê recebido por Camila Pitanga? Uma incógnita. A instituição
pública afirma que o valor é uma informação “estratégica”.
Amparada pelo
forte investimento da Caixa Econômica Federal, Camila teve
presença cativa no dia a dia do país: apareceu
em 7.336 inserções
dos intervalos da programação televisa em 2012. Nenhuma celebridade
esteve à frente dela no período. Nem Neymar, nem Ronaldo,
nem Gisele Bündchen.
Em 2013, a
atriz viu o governo federal aumentar em
mais de 800% os gastos com
propaganda do Minha Casa, Minha
Vida, ligado à Caixa Econômica
Federal, se tornando um dos principais rostos daquele que
era visto como a grande cartada para as eleições do ano seguinte –
em 2011, o banco gastou R$ 261 mil para divulgar o programa; em 2012,
o montante subiu para R$ 1,7 milhão; em 2013, apenas entre janeiro e
julho, a instituição já
havia destinado R$
15,7 milhões para essa
finalidade, um aumento
superior a 6.000%
durante o período.
Como não
haveria de ser diferente, as ações chamaram a atenção da justiça.
Durante a 11ª fase da operação Lava-Jato, a Polícia
Federal anunciou investigar indícios
de irregularidade
nos contratos publicitários da Caixa.
“O Ministério da Saúde e a Caixa Econômica contratam uma empresa de publicidade. Ela subcontrata empresas em que o Leon e o André são sócios. Essas empresas não existem fisicamente e recebem um percentual equivalente a 10% do contrato firmado com a empresa principal. Então, nos leva a crer que, provavelmente, seja um percentual a ser desviado para agentes públicos”, explicou o delegado federal Igor Romário de Paula.
A relação
de Camila Pitanga com a instituição, porém, não se prende apenas
com a publicidade oficial. Em 2013, em sua volta para os palcos,
Camila estrelou
a peça “O
Duelo”, com direção de Georgette Fadel. A produção recebeu
a aprovação de R$ 2.454.451,12 pela Lei Rouanet (Nº
Projeto 126378), dos quais
R$ 1.800.000,00 foram
captados pela Caixa
Econômica Federal.
Se houvesse um
rosto publicitário para o primeiro mandato de Dilma, ele certamente
seria o de Camila Pitanga.
2) Antônio Pitanga
Antônio
Pitanga, pai de Camila Pitanga, é casado com Benedita da Silva,
ex-governadora do Rio de Janeiro pelo Partido dos Trabalhadores e
atual deputada federal. Antônio – que assim como a filha também é
ator – foi vereador na década de 90 e Secretário de Estado
de Assistência Social, Esporte e Lazer, no Rio de Janeiro, pelo
Partido dos Trabalhadores. Histórico militante do PT carioca,
Antônio verá sua vida tomar as telonas nos próximos anos, num
documentário dirigido
por sua própria filha.
“Quero retratar o artista que meu pai é e mostrar toda a sua genialidade. Ele sempre foi uma liderança muito importante, teve, inclusive, que se exilar na época da ditadura”, afirma Camila.
O filme,
“Pitanga”, teve R$ 1.257.102,00 aprovados pela Ancine,
dos quais R$500.000,00 já
foram captados pelo BNDES.
3) Marieta Severo
Marieta Severo
causou comoção na grande rede após rebater as críticas de Faustão
ao governo federal, há poucas semanas. Militante do Partido dos
Trabalhadores, a atriz fez parte do coro que cantou o jingle
“Lula Lá”
durante o horário eleitoral gratuito em 1989, quando era casada com
Chico Buarque, e assinou o manifesto em
apoio à Dilma no ano passado.
Em 2005, ao
lado de Andréa Beltrão, Marieta inaugurou o Teatro
Poeira, no bairro
de Botafogo, no Rio de Janeiro (CNPJ 06.335.768/0001-00). Desde
então, vem recebendo grandes quantias de dinheiro público para
sustentar seu empreendimento. O Poeira viu ser aprovado pela Lei
Rouanet, R$ 1.243.760,00 (Nº
Projeto 061276), em 2006, dos quais
R$ 170.000,00 foram
captados pela Eletrobras; R$ 1.024.100,00
(Nº Projeto 069639),
em 2007, dos quais R$600.000,00 captados
pela Petrobras;
R$ 746.196,00 (Nº Projeto
084447), em 2008 e 2009, dos quais
R$700.000,00 captados
pela Petrobras;
R$ 1.178.127,00 (Nº Projeto
101107), em 2010 e 2011, dos quais
R$480.00,00
captados pela Petrobras.
A estatal
também patrocinou o Teatro Poeira em outras ocasiões. O
empreendimento de Marieta Severo recebeu da Petrobras exatos
R$400.000,00
em 2012 (contrato 4600371639),
R$400.000,00
em 2013 e 2014 (contrato 4600419492)
e R$400.000,00
em 2015 (contato 4600490199).
As informações estão disponíveis nesse
documento.
4) Aderbal Freire-Filho
Aderbal
Freire-Filho, namorado
de Marieta Severo desde 2004, também fez parte do manifesto em
defesa de Dilma no ano passado. Há pouco tempo, Aderbal dirigiu a
peça “As Centenárias”,
tendo Marieta Severo no papel principal. A peça viu R$ 908.670,00
ser aprovado pela Lei Rouanet (Nº
Projeto 085885), em 2009, dos quais
R$ 400.000,00
captados pela Petrobras.
“As Centenárias” também captou pela Lei Rouanet outros
R$500 mil (Nº Projeto 069637)
e outros R$300 mil (Nº Projeto
106665), ambas ações patrocinadas
pelo Bradesco.
Aderbal também
dirigiu
a peça “O Púcaro Búlgaro”, que ficou em cartaz no Teatro
Poeira. A produção viu R$ 512.420,00 ser aprovado pela Lei
Rouanet (Nº Projeto 060834),
dos quais R$ 200.000,00
foram captados pela Eletrobras.
5) Paulo Betti
Paulo Betti é um grande defensor do PT e do governo Dilma, com quem esteve presente em julho. Além de ator, assim como Marieta, também administra um empreendimento cultural.
A Casa da
Gávea é uma instituição cultural privada no Rio de Janeiro, ativa
na Receita Federal através do CNPJ 68.599.596/0001-21 e que tem
Paulo Betti como presidente. A organização já recebeu diversos
repasses de dinheiro público nos últimos anos. Através da Lei
Rouanet foram R$ 732.579,26 aprovados em 2003, no primeiro ano
do governo Lula (Nº Projeto
035039), dos quais R$ 499.200,00
captados pela Petrobras;
R$ 999.945,00 aprovados em 2006 (Nº
Projeto 057945), dos quais
R$ 150.000,00
captados pela Petrobras;
e R$ 723.911,00 aprovados em 2007 (Nº
Projeto 076508), dos quais
R$ 360.000,00
captados pela Petrobras.
Quando Paulo
Betti estreou
na direção de musicais,
com a produção “A Canção Brasileira”, a peça recebeu a
aprovação de R$ 895.120,00 da Lei Rouanet (Nº
Projeto 044024), dos quais
R$ 526.963,00
foram captados: R$ 373.963,00
da Eletrobras, R$ 80.000,00
dos Correios e R$ 40.000,00
da Eletrobras Furnas.
Por fim, o
ator viu o Ministério da Justiça (Convênio
Nº 756166/2011) conceder R$
388.244,64 para a peça “À
Prova de Fogo”, recomendada
por José Dirceu:
“À Prova de Fogo” foi escrita em 1968, por uma grande e talentosa amiga, a dramaturga Consuelo de Castro, e narra a história de luta e resistência contra o poder militar no país. Imaginem, portanto, o seu impacto naqueles anos, no calor dos acontecimentos do movimento estudantil e da repressão. Censurado, o texto de Consuelo foi encenado clandestinamente e sua mensagem reforçava o ânimo na luta e na resistência ao regime, além de impactar a sociedade brasileira. Não deixem, portanto, de prestigiar as apresentações da Casa da Gávea e conheçam mais sobre o excelente projeto de formação artística dessa nova geração de atores no país.”
Você acessa o convênio do
Ministério da Justiça com a Casa da Gávea clicando
aqui.
6) Beth Carvalho
Beth Carvalho
é reconhecida por sua visão política. Antiamericana, chegou a
afirmar que a Agência Central de Inteligência dos Estados
Unidos quer
acabar com o samba:
“A CIA quer acabar com o samba. É uma luta contra a cultura brasileira. Os Estados Unidos querem dominar o mundo através da cultura.”
A
sambista também é inequívoca defensora do regime
venezuelano.
“Chávez é um grande líder, é uma maravilha aquele homem. Ele acabou com a exploração dos Estados Unidos. Onde tem petróleo estão os Estados Unidos. Chávez acabou com o analfabetismo na Venezuela, que é o foco dos Estados Unidos porque surgiu um líder eleito pelo povo. Houve uma tentativa de golpe dos americanos apoiada por uma rede de TV.”
Filiada ao
PDT, Beth Carvalho apoiou Lula em todas as suas campanhas
presidenciais e integrou o coro do jingle “Lula
Lá” em 1989. Também apoiou
Dilma nas duas últimas eleições.
Ao lançar o
CD e DVD Beth Carvalho Canta o
Samba da Bahia, teve
R$ 1.664.129,00 aprovados pela Lei Rouanet (Nº
Projeto 063306), dos quais
R$ 832.000,00
captados pela Petrobras.
7) Sérgio Mamberti
Sérgio
Mamberti é um histórico aliado de Dilma e Lula. Filiado ao Partido
dos Trabalhadores, o ator passou a ocupar diversos cargos no
Ministério da Cultura, assim que Lula assumiu a presidência do
país. Mamberti atuou por diversas secretarias até conquistar a
presidência da FUNARTE.
Durante o
período em que atuou como funcionário público, o ator custou
R$ 630.427,44
aos cofres públicos, entre passagens, diárias e restituições,
segundo dados do Portal
da Transparência.
Após deixar o MinC, em 2013, o ator subiu novamente aos palcos
dos teatros e nos palanques políticos.
Durante a
campanha presidencial do ano passado, declarou
voto em Dilma como
uma das ilustres figuras artísticas do país. Mais tarde, durante os
protestos pró-impeachment que sucederam a corrida eleitoral, o
ex-secretário convocou a militância petista para defender a
presidente e insinuou um clamor pela volta dos black
blocs para bagunçar o que
ele chamou de “convescote de rico”.
Para artistas
politicamente engajados como Sérgio Mamberti, aparentemente
“convescotes de ricos” só são justificados quando bancados por
dinheiro público.
8) Chico Buarque
Consagrado
como cantor e compositor, Chico Buarque é figura carimbada em 10
entre 10 manifestos ou cartas de apoio à presidente Dilma.
Anti-impeachment, Chico assinou, entre outras coisas, o
manifesto em apoio ao ex-deputado e condenado pelo mensalão José
Genoíno.
Suas relações
com o governo são relativamente próximas. Sua irmã, Ana de
Holanda, já foi ministra da Cultura, por exemplo. Mais próxima
ainda é a relação de Chico com a Lei Roaunet e a Agência Nacional
do Cinema, a Ancine. Seu irmão, Lula Buarque, recebeu
autorização da ANCINE para captar R$ 10 milhões para gravar o
filme baseado no livro “Leite Derramado” (do próprio Chico). Sua
namorada, Thaís Gulin, recebeu da Lei Rouanet autorização para
captar R$ 801 mil para produzir seu terceiro CD (projeto
138444), além da sua turnê. O
documentário sobre Chico, “Chico: O Artista e o Tempo”, por sua
vez, recebeu
outros R$ 4 milhões de autorização através da Ancine, sendo
parte do valor destinada a pagar direitos autorais.
Chico não
utiliza verba da Rouanet para seus shows ou discos. Os recursos,
porém, estão nas mais diversas obras que cercam o cantor, como a
tradução de seu livro para o coreano, que levou outros R$ 7 mil em
patrocínio da Biblioteca Nacional.
9) Wagner Moura
Estrela em
ascensão em Hollywood e no mercado americano, Wagner Moura não
abandono o cinema nacional, onde se consagrou como o Capitão
Nascimento, de Tropa de Elite. Através da O2, produtora do
cineasta Fernando Meirelles, Wagner deve estrear em breve como
diretor. A obra? “Marighella”.
Recentemente,
o ator – e agora diretor -, mostrou o quão polêmico deve ser o
filme, declarando que “a direita burra achará que Marighella foi
um terrorista”. Marighella como se sabe, foi um revolucionário
brasileiro, autor
do livro “Mini-manual do
guerrilheiro urbano”, onde
declara que “o terrorismo é uma arma que o guerrilheiro urbano não
pode abandonar”.
Moura faz
parte do recém instaurado “Conselhão” da presidente Dilma, que
envolve sindicalistas, empresários e artistas. O ator é conhecido
pelo seu apoio constante a candidatos do PSOL, em especial ao
deputado Marcelo Freixo. O ator também já declarou considerar
o movimento de impeachment um “maniqueísmo”, “movimento de
elite, de gente branca”, além da sempre presente acusação de
golpismo.
Seu filme
sobre Marighella deverá contar, além do apoio
do governo petista da Bahia, com R$ 10 milhões em autorizações
da Ancine para captar recursos, sendo R$
3 milhões em investimento direto da agência.
10) Gregório Duvivier
O ator e
comediante Gregório Duvivier ganhou projeção com o lançamento do
canal do youtube “Porta dos Fundos”. Com a fama, tornou-se também
colunista do maior jornal do país, a Folha de São Paulo. Em sua
coluna, Gregório costuma criticar movimentos a favor do impeachment
e aquilo que ele entende como “golpismo” de uma direita
burra e autoritária. Recentemente, o ator chegou à conclusão,
em uma entrevista para a TV
Portuguesa, de que “querem tirar Dilma para roubar mais”.
Há pouco
tempo, Gregório teve alguns de seus tweets antigos expostos em
uma coletânea que mostra toda sua opinião num período onde,
para se dizer o mínimo, ele não era um entusiasta do governo Dilma.
Em
um deles, por exemplo, o comediante diz achar “que o
filme do Lula não ganha o Oscar” porque “os jurados não vão
aceitar Bolsa-Família”.
Recentemente,
Gregório foi
chamado para escrever crônicas e fazer vídeos com o intuito de
“motivar” os funcionários do Banco do Brasil. O valor não foi
revelado.
11) Flávio Renegado
Para o rapper
Flávio Renegado, os cerca de 1 milhão de manifestante que
frequentaram os protestos na Avenida Paulista são “membros da Ku
Klux Klan que batem panela”. A declaração, igualando os
manifestantes brasileiros aos membros da organização racista que
defende a supremacia branca fundada nos Estados Unidos, foi
feita durante a apresentação do Criança Esperança 2015, na
Rede Globo.
Em outra
oportunidade, ao lado de Lula no palanque, o rapper acusou
o candidato Aécio Neves de cheirar cocaína, evocando uma multidão
que sob a complacência de Lula, em plena campanha eleitoral, decidiu
gritar acusando o candidato adversário de ser usuário de drogas.
Flávio também gravou um vídeo em apoio à candidata Dilma
Rousseff.
O rapper
recebeu autorização para captar recursos para a turnê de seu
primeiro DVD, que percorreu 8 capitais. Os recursos autorizados somam
R$ 389 mil (projeto 151644).
12) Jô Soares
O humorista e
apresentador Jô Soares tem se destacado pelas opiniões favoráveis
ao governo e, em especial, à presidente Dilma. Jô, que comanda um
quadro especial em seu programa para debater política ao menos uma
vez na semana, já utilizou seu espaço na TV para declarar entre
outras coisas que “José Dirceu é um homem de uma biografia
inconstável”, e que não se pode pré julga-lo a despeito de
Dirceu ser condenado por formação de quadrilha no processo do
Mensalão.
Quando o
assunto é Dilma, porém, Jô vai mais longe. Em um de seus
programas, no auge da crise de popularidade enfrentada por Dilma, o
comediante foi até o Palácio do Planalto entrevistar a presidente.
O apoio de Jô à Dilma também rende opinião como as de que segundo
o apresentador “paga-se pouco imposto no Brasil, visto que o país
ainda precisa crescer bastante”.
Como diretor
de teatro, Jô pode contar com o apoio de leis como a Rouanet, que o
autorizaram a captar R$ 1,9 milhão para produzir a peça Troilo
e Cressida, obra do escritor
britânico William Shakespeare.
Entre
2003 e 2014, as autorizações para a captação de recursos apenas
pela Lei Rouanet atingiram R$
61,27 bilhões. Os valores captados efetivamente,
entretanto, são mais modestos: R$ 15,758 bilhões. Deste valor, em
2014, por exemplo, nada menos do que 50% ficaram com apenas 3% dos
proponentes. Ainda que todos estes valores sejam legais, é natural
que qualquer pessoa se questione até onde tamanha quantidade de
recursos é capaz de formar a opinião daqueles que vivem de formar
opinião.
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